Israel atacou Beirute, a
capital do Líbano, nesta terça-feira, 30. Em nota no X, as Forças de Defesa de
Israel (IDF, em inglês) confirmaram um "ataque direcionado em Beirute,
contra o comandante responsável pelo assassinato das crianças em Majdal Shams e
pela morte de vários outros civis israelenses". "No momento, não há
mudanças na defesa do Comando do Front Interno", informou o perfil no X da
IDF.
Segundo a Agência EFE, uma
explosão sacudiu os subúrbios ao sul de Beirute conhecidos como Dahye, um
importante reduto do grupo xiita libanês Hezbollah.
Nos últimos dias, o Oriente
Médio tem sido palco de uma crescente tensão entre Israel e o grupo armado
Hezbollah, situação que atingiu um novo pico de preocupação internacional após
um ataque mortal nas Colinas de Golã. O grupo nega participação no ataque
contra Israel.
No começo da tarde desta
terça-feira, a IDF postou também que "parece não haver fim para a
dedicação do Hezbollah em aterrorizar os civis que vivem no norte de
Israel". "Hoje, aproximadamente 10 projéteis foram lançados do Líbano
para o norte de Israel, e o ataque deixou um civil morto", diz o post.
"Apenas alguns dias após o massacre de Majdal Shams que tirou a vida de 12
crianças inocentes, o Hezbollah mais uma vez prova que não demonstra
remorso."
Israel e Hezbollah: tensão em
escalada
No domingo, 28, o exército
israelense anunciou que havia realizado ataques noturnos contra o Líbano, horas
depois que um foguete disparado do país ao norte matou pelo menos 12 pessoas, a
maioria crianças e jovens, na cidade de Majdal Shams, nas Colinas de Golã,
controladas por Israel.
Autoridades do Estado judeu
culparam o Hezbollah pelo ataque, e afirmaram que o movimento cruzou "todas
as linhas vermelhas", à medida que o grupo libanês nega ter ordenado o
bombardeio.
A recente escalada de
violência, que resultou na morte de 12 crianças e adolescentes, levou a uma
série de cancelamentos e atrasos de voos para Beirute, capital do Líbano.
Companhias aéreas internacionais, preocupadas com a segurança de seus
passageiros e tripulações, decidiram suspender suas operações para a região em
resposta aos riscos crescentes.
Em junho, o exército
israelense afirmara ter "aprovado e validado" planos para uma
possível ofensiva no Líbano, coincidindo com um aumento dos confrontos com o
movimento Hezbollah e com uma relativa calma nos combates em Gaza.
A guerra em Gaza resultou em
um aumento das tensões na região, com as forças israelenses e o movimento xiita
libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã e aliado do Hamas, trocando agressões quase
diariamente na fronteira entre Israel e Líbano.
Fonte: Exame